quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Das inutilidades.

Não sei qual das duas,
das três, das quatro ou das sete.
Qualquer das oportunidades
A inutilidade repete.

Das inutilidades que tenho,
Que sou, que prego e desdenho.
Faz-se o leque.
Não importa qual, o certo é breve.

'Inutilidade é só opinião' - disse um alce
Talvez seja, talvez não.
Talvez opinião seja inútil.
Talvez meu viver seja fútil.

Talvez eu não deva ser uma ave.
Ou um humano, ou uma árvore.
Talvez a inutilidade seja um talvez.
ou um porém, ou só a minha vez.


O espontâneo

A maior dádiva natura.
O espontâneo, a beleza mais pura
lamento sentir de ti essa falta.
E por mais que escondo, e tento não expor
desde o meu interior isso me salta.

Sinto falta do espontâneo dos pandas,
das pardelas e até dos unicórnios.
Estes ainda pelo menos o são.

Há uma crise na dádiva natura?
Ou não há a ânima da beleza mais pura?
Talvez em alguns dos casos espero.
pelo menos naqueles que quero.

Devo ficar com esse espontâneo com falta
deixar o meu mostrar isso em alta.
Mas quem sou eu para estar certo?
Será que vale estar assim, mas perto?