sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Albatrozes.

Hoje o céu estava verde
A grama vermelha.
Um paquiderme sem sede
vê sua pele que espelha

Há um canguru chorando
Triste,  como um peixe em pranto
Sem saber onde estão as ameixas,
sem beterrabas para ouvir sua queixa.

Mas há os albatrozes
De cima olham essa história.
Criam seu espaço e tempo velozes
Para serem tratados como escória

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Faz.

Ouvi por aí que uma andorinha só não faz verão....
é verdade...
Assim como uma coruja só não faz inverno
Um canguru sozinho não faz outono
Uma capivara sozinha não faz primavera
Uma beterraba sozinha não faz horta
Uma lagosta só não faz plantação
Tudo que for sozinho não faz nada
mas Nada sozinho pode fazer tudo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Tinha um sabiá me olhando

Tinha um sabiá me vendo
Debochado com meu relento
Ele vê minha ignorância
Posso ver sua plena arrogância
Mas ele continua me vendo
Olha, vira e sai voando.
Aí eu caio em mim vendo
Quem afinal arrogante está sendo?

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Espetáculo de OUN

Chuva cai molha grama
Dessa terra não sai banana
Verde com marrom
Espetáculo do OUN

Por cima vem e clareia
Abutres voam e cantam
Avistam beterrabas a areia
Olha chuvisco em cinco espantam

Sai sol vem azul
Ciclo em cor Null
Há mais verde menos marrom
E mesmo assim espetáculo de OUN

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Non-sense

Non-sense é tudo que há de mais belo
são marsupiais comendo pimentão amarelo
São focas espremendo com a mão
para fazer suco com capim limão

É quando o céu está verde
Quando comemos areia pra matar a sede
São os números visto pela pata
de uma matemática que tenta ser exata.

É quando o basalto esfria a limonada
para ser bebida por um rabanete...
É a cola de uma papelada...
ser a lâmina de um estilete.

Non-sense é pensar que há sense.
Por que isso tudo não pode ser real?

Ilusão?

Estou aqui, vendo as nuvens,
vendo os prédios,
vendo as margens,
dos meandros médios.

Estou aqui, vendo as flores,
girassol perdido no nublado,
rosas de lindas cores,
e poucas pétalas no relvado.

Estou aqui vendo os vegetais,
Beterrabas, batatas, rabanetes,
estou vendo alguns marsupiais
tenho grande apreço por estes.

Mas agora eu penso,
e se for tudo uma linda ilusão?
já sei, não vou enganar meu senso,
Duvidarei de tudo, menos da questão.

domingo, 4 de novembro de 2012

Cachu.


Te vejo dentro o trono.
Percebo seu formato singular.
Sinto-te como um filho,
mas tenho que te deixar ir.
As baratas precisam se alimentar.

Fico triste por como és injustiçado.
Não notam o seu valor
Dizem que és o coletivo do inútil.
Mas garanto que por alguns é amado.

A ti prego grande respeito,
Podes dar alívio, certas horas dor.
Mas seu nascimento é primor
Um momento espetacular.

Em ti nasce boa flor
algumas beterrabas têm sua cor
e algum podem te chamar de imundo
Para mim,
és uma das mais belas coisas do mundo.




sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Batatas

Tenho pena das Batatas.
São, fritas, cozidas, amassadas,
Só pensam em produzir
Não há pensamento mais improdutivo que esse.

Tenho dó dessa arrogância
dos vegetais inteligentes
Acreditam que são espertos,
Mas só pensam em produzir, produzir...

E no final? o que criam?
São fritas, cozidas e amassadas.
Para serem servidas à alimentação
De alguém maior.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Azeitonas.

Sabe, tem horas que eu penso nas azeitonas.
Quero dizer, são tão gostosas.
mas tão azedas.
Mas muito gostosas.
Porém azedas.

Elas têm caroço,
Você não as come por completo.
sempre sobra algo no caroço.
mas são tão gostosas.

E o que falar do vidro?
Apenas uma coisa,
eu realmente respeito o vidro que guarda as azeitonas.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Conhecer o Desconhecido.

Eu estava preso pensando.
pensando no que não há para pensar,
não conheço o que pensar,
não quero conhecer o que pensar.

Pensei na base do social
conhecer o que não conhece,
não querer conhecer o que não conhece,
precisar conhecer o que desconhece
precisa-se desconhecido conhecer
para continuar desconhecido.

Conheça o desconhecido
para continuar deixando-o ser desconhecido.
caso contrário amanhecer será finito.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

E se?

E se o sol fosse azul?
E se a lua fosse rosa?
E se a rosa fosse fruta?
E se você plantasse na rua?
E se um dia acontecer?
E se eu escolhesse por você?
E se você fosse para direita?
E se fosse para a esquerda?
E se você não conhecesse?
E se você fosse mal?
E se te pagassem com sal?
E se você plantasse beterrabas?
E se você caísse das escadas?

E se eu plantasse rabanete?
Eu cortaria meu pescoço com estilete.

E se você fizesse aquilo?
E se não fizesse?
E se você já soubesse?
E se não existisse o "se"?

terça-feira, 26 de junho de 2012

Um Poema

Chuva cai com a luz turva
Minha mão não faz toda a curva
Beterraba está na lua
Rabanetes estão na sua

As batatas não são fritas
O céu está em puro poente
Sua cor um vermelho contente
Iguais são aquelas fitas

Mais um dia que se foi
Mais um dia para esse boi
Mais um dia que se adia
Maravilhas não tardias

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Rabanetes

Rabanetes são pequenos
Rabanetes são do frio
Rabanetes são de solos arenos
Há rabanetes no rio

Rabanetes são vermelhos
Rabanetes são chatos
Rabanetes nem sempre são bons
Mas rabanetes são necessários

Rabanetes são cultivados em latifúndios
Rabanetes reclamam da própria horta
Mas sua pá não pode ser uma azul torta
Rabanetes querem grilos em outra porta

Rabanetes cobram do folheto
Aquilo que deveriam cobrar do agricultor

Rabanetes manipulam o pseudobonfruto
Rabanetes enganam o pseudoastuto
E se muito rabanete comer
Ele vai enganar você
Afinal não é à toa que rabanetes têm vitamina C



terça-feira, 15 de maio de 2012

Coisa de Rico

Degusta a língua o caviar
Senta-se na moda de etiqueta
Com o jatinho de ir aqui a acolá
E de casa ouro maciço maçaneta

Que diz-se com vasta classe
Com os detalhes do mais chique
Em robusta é a face
Dessa farsa que habita pau-a-pique

Mas nenhuma importa aparência
Nem ter todas essas abas
Para ser um rico com reverência
Precisa dar sempre ordem ao Jarbas

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Poema de Samos

Setecentos e quarenta e um
Vejo um cardume da atum
Mil oitocentos e vinte e três
Vejo vinho do português

Cinco é quem reproduz
Dois e três fazem a luz
Sete, onze duzentos e um
Harmoniza! Harmoniza um por um!

Catorze dividido por seis
Vejo música de siamês
E no dez esfera
Vejo água, fogo, ar e terra

Nos números há Lei
De todo o Universo Rei
Não estou livre completo
Não domino o númerobeto

E como numa sala de espetáculos
Entra-se, vê-se, sai-se
E escrevo este Número formoso
Pitágoras deve estar orgulhoso

segunda-feira, 26 de março de 2012

Coisa óbvia, coisa chata

Início, início, início
começo, começo, começo
Início, começo, início
Começo, início, começo

Meio, meio, meio
Durante, durante, durante
Meio, durante, meio
Durante, meio, durante

Conteúdo, recheio, recheio
Meio, durante, pura preguiça
Conteúdo, durante, meio
encheção de linguiça

Fim, fim, fim
Final, final. final
Fim, final, fim
Final, fim, Final

Que coisa óbvia mais chata

quarta-feira, 21 de março de 2012

Há borboletas amarelas
Voando no céu avermelhado
Há beterrabas roxas
No chão fertilizado

Há o vinte e seis
Antes do vinte e sete
Há sujeira de três
No azul do carpete

Há seringas do medo
Causando grande pavor
Há os cuidados do cedo
Feitos pela mãe de amor

Há tu que agora lê
Todo esse vazio de existir
E agora você consegue ver
Só porque eu escrevi?

Há tudo que você quiser
Tudo que seu imaginário vê
Há no o que você quer
Basta você crer

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Coisa nova, coisa estranha

Coisa nova, coisa estranha
Coisa verde que apanha
Madeira e cordas não arranha
Coisa verde que apanha

Coisa nova, coisa estranha
Coisa verde que apanha
Madeira e grafite sem manha
Com coisa verde que apanha

Coisa nova, coisa estranha
Coisa verde não apanha
Coisa verde não se assanha
Coisa verde retorno ganha

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Mente de confusa

Nuvens correm num céu azul
Mar avermelhado do entardecer
Papagaios de vacas falam "mu"
Enquanto lua se põe pra estrela nascer

Beterrabas amarelas fritam
Batatas vermelhas cozinham
Setenta e seis pelúcias gritam
As quarenta pedras que caminham

Pensam em mente de confusa
E deserta como olham ilha
É onde inteligência é mais inclusa
E na hora certa maravilha brilha

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mentirada

Sabe.... eu estava pensando.
É mentira!!!
É mentira!!!
É mentira!!!
É mentira!!!
Que mentirada!!!
Eu não estava pensando em absolutamente nada

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Escudo Alado

Setenta e dois cavaleiros em quarenta cavalos
Não há nenhuma demasiado errado
Pois suas espadas de quatro catorze avos
Casam perfeitamente com seu escudo alado

E de noventa tristeza e ciúme
Aparece cem na face do escudo alado
Que mais alto do grande cume
Cai por cima a lágrima do calado

E entre beterrabas, batatas no cavalo
Perguntam donde vem essa estranha mente
E responde de face vinte três pro escudo alado
É porque eu sou doente

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Bomal

Eu hoje acordei tão normal
É um pouco estranho esse existir
Nada bom, nada mal
Se fosse dar um nome a esse sentir
Eu não ia resistir em chamar de Bomal

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lieben dich

Lieben dich
ist wie eine perfekte Straßenlage
Direkte, glatt und ohne Ende
wie macht nur fortsetzen

Lieben dich
Es ist wie der Wind der Morgendämmerung
Was weggeblasen oder hier in der Nähe
Macht mich sehr gut

Lieben dich
Ist lernen um zu sehen,
Sehen mit dir den Tag verbessern
Und am Abend perfekt zu sein

Liebe dich macht mir ein gutes Gefühl
Lieben dich bringt mir Frieden
Heute sah ich, dass noch nie jemanden geliebt
Und ich liebe dich mehr jedes mal

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Amizade

Dom que não tem idade
Que jamais envelhece
Que até  te rejuvenesce
Esse dom divino chamado amizade

Na amizade tem amor
Na amizade tem carinho
Na amizade você não está sozinho
Na amizade você alguém sente tua dor

A amizade é inacabável
Se já teve algum amigo
Que hoje não está contigo
Essa "amizade" não era louvavél

Graças a Deus existe o amigo
Você pode até não ser o preferido
Mas ele estará sempre contigo
E você jamais será preterido